Neuroarquitetura: Como o Espaço Influencia o Nosso Bem-Estar

Vem descobrir como a neuroarquitetura pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente em ambientes inclusivos, e como pequenas mudanças no design podem fazer uma grande diferença no nosso bem-estar.
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O que é a Neuroarquitetura?

A neuroarquitetura é a combinação de duas disciplinas: neurociência e arquitetura. Ou seja, trata-se de um campo que estuda como o design de edifícios e espaços impacta o cérebro e, consequentemente, as nossas emoções e comportamentos. Com base em princípios da neurociência, os arquitetos podem criar ambientes que promovem o bem-estar, a saúde mental e a produtividade das pessoas.
Imagina o seguinte: entras num espaço que está mal iluminado, barulhento e com uma disposição confusa. Como te sentes? Provavelmente, mais ansioso ou desconfortável. Agora imagina um espaço com luz natural, plantas, cores suaves e organização. O teu cérebro reage de forma completamente diferente, certo? É precisamente este impacto que a neuroarquitetura procura estudar e otimizar. 

o impacto da Neuroarquitetura

Já paraste para pensar como os espaços à tua volta afetam o teu humor, a tua produtividade e até a tua saúde mental? Pois é, a forma como o teu cérebro reage aos ambientes que frequentas não é mero acaso.
Como os Espaços Afetam o Nosso Cérebro?
Quando entramos num espaço, os nossos sentidos captam imediatamente as características do ambiente: luz, som, temperatura, cheiros, disposição do mobiliário, etc. O nosso cérebro processa essas informações e, dependendo da qualidade do espaço, pode desencadear respostas emocionais e cognitivas variadas. 

Por exemplo, a iluminação natural tem um papel essencial na regulação do nosso ritmo circadiano, o ciclo que controla os nossos períodos de vigília e sono. Um espaço com boa iluminação natural não só nos ajuda a sentir mais alertas durante o dia, como também melhora a nossa qualidade de sono à noite. Ambientes com elementos naturais, como plantas e materiais como madeira ou pedra, ativam uma resposta cerebral associada à biofilia, a nossa conexão inata com a natureza, promovendo sentimentos de tranquilidade e relaxamento.

Por outro lado, espaços desorganizados, com ruído excessivo ou luz artificial inadequada, podem aumentar o nível de stress e até afetar a nossa capacidade de concentração. 

A neuroarquitetura ajuda a identificar estas características e a transformá-las para criar ambientes mais saudáveis e harmoniosos. 

O bem-estar
Agora que já compreendemos o impacto que o design dos espaços pode ter no cérebro, vamos falar sobre como a neuroarquitetura pode ser aplicada para melhorar o bem-estar das pessoas. Um dos principais focos da neuroarquitetura é o bem-estar emocional e mental. E isso não se resume apenas a criar espaços bonitos — é necessário criar ambientes que influenciem positivamente o nosso estado emocional.

Por exemplo, um ambiente de trabalho bem desenhado, com cores suaves, mobiliário ergonómico e ventilação adequada, pode reduzir significativamente os níveis de ansiedade e aumentar a produtividade. 

Espaços que promovem a interação social, como áreas comuns com disposição de assentos confortável e acessível, estimulam a colaboração e criam uma atmosfera de harmonia e criatividade. 

Espaços Inclusivos
Outro aspeto crucial da neuroarquitetura é a sua aplicação em ambientes inclusivos. Como sabemos, as necessidades espaciais de uma pessoa podem variar bastante dependendo de fatores como a idade, deficiências físicas ou cognitivas e até condições de saúde mental. A neuroarquitetura, ao focar-se no impacto que o espaço tem no cérebro humano, permite a criação de ambientes que são confortáveis e acessíveis para todos.

Um exemplo é o design de espaços para pessoas com autismo, que podem ser muito sensíveis à luz intensa ou a ruídos elevados. Ao ajustar a iluminação e utilizar materiais que absorvem o som, é possível criar um ambiente onde estas pessoas se sintam mais calmas e seguras. Da mesma forma, pessoas com mobilidade reduzida beneficiam de espaços com áreas amplas para circulação e com superfícies que facilitam a locomoção.

O conceito de neurodiversidade também entra em jogo. A neuroarquitetura considera as diferentes formas como o cérebro humano processa o ambiente, permitindo que pessoas com diferentes estilos de processamento sensorial (seja por hipersensibilidade ou hipossensibilidade) possam desfrutar de um espaço confortável. 

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BENEFICIOS DA NEUROARQUITETURA NO DIA A DIA

Aplicar os princípios da neuroarquitetura no nosso dia a dia pode trazer benefícios notáveis para a nossa saúde e bem-estar. 

Aqui estão algumas dicas simples que podes aplicar em tua casa ou no teu local de trabalho.

1. Aumenta a Luz Natural

Se possível, reorganiza os móveis para maximizar a entrada de luz natural. A exposição à luz do dia regula o teu ritmo circadiano e melhora o humor.

2. Incorpora Elementos Naturais

Trazer a natureza para dentro do espaço pode ter um impacto positivo no bem-estar. Plantas, aquários, ou até imagens de paisagens naturais podem ajudar a reduzir o stress.

3. Cores e Texturas Calmantes:

Opta por cores suaves, como tons de verde ou azul, que estão cientificamente ligadas à calma e relaxamento. Evita cores muito fortes ou contrastantes em grandes áreas, pois podem causar distração ou agitação.

4. Organização:

Um espaço bem organizado, com áreas limpas e sem excesso de objetos, promove uma sensação de ordem e tranquilidade.

Neuroarquitetura no Futuro

À medida que a sociedade avança, a neuroarquitetura está a ganhar mais importância, especialmente no design de espaços públicos, como hospitais, escolas e escritórios. 

Cada vez mais, percebe-se que o impacto que os espaços têm no cérebro humano não pode ser ignorado. 

Em projetos futuros, veremos um foco crescente em criar espaços que promovam não apenas o conforto físico, mas também o equilíbrio emocional e o bem-estar mental.

Além disso, com o aumento da consciência sobre a importância da inclusão, os arquitetos vão continuar a desenvolver soluções inovadoras para criar ambientes que sejam acessíveis e confortáveis para todos, independentemente das suas capacidades físicas ou cognitivas. 

Ambientes inclusivos não são apenas uma questão de funcionalidade, mas também de respeito e valorização da diversidade humana. 

PARA TERMINAR

A neuroarquitetura é uma ferramenta poderosa para melhorar o nosso bem-estar através do design de espaços que promovem a saúde mental e emocional. Desde a iluminação natural até à organização dos móveis, cada detalhe pode ter um impacto profundo no nosso cérebro e, por consequência, na nossa qualidade de vida.
Seja no teu local de trabalho, em casa, ou em espaços públicos, a neuroarquitetura pode ser aplicada para criar ambientes mais inclusivos, saudáveis e harmoniosos. Afinal, os espaços onde passamos o nosso tempo devem não só ser funcionais, mas também contribuir para o nosso bem-estar geral.

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